Introduzir um novo gato na casa

Antes de começar a ler o artigo, tenha em mente: ao se introduzir um novo gato na casa que já tem outro gatinho, é normalíssimo (e até esperado) que seu animal NÃO aceite outro de cara, mas vale a pena persistir!

O gato é territorialista, mas pode se beneficiar muito da companhia de outro gato. Defendemos que dois é a quantidade ideal e isso já foi assunto de vários posts.
Um faz companhia para o outro; os custos não são muito maiores; é muito divertido ver a interação entre eles; a amizade torna a vida deles mais estimulante, ajudando a aliviar o estresse na ausência do dono.

Para introduzir um gato ao novo lar, em geral as pessoas:

• • pedem dicas, pois já têm um gatinho em casa e querem introduzir outro;
• • querem ajuda para doar um gatinho que encontraram na rua porque seu animal “não aceita um novo gato”

É normal (e até esperado) que seu animal não aceite outro de cara

Isso mesmo: ele sibilará, dará patadas no outro animal e pode até mudar o comportamento dele com você (provisoriamente). Acredite: isso não significa que ele nunca se adaptará a outro animal. Presenciamos isso todas as semanas, quando levamos novos animais aos novos lares que já têm outro(s) pet(s). A recomendação é: paciência e persistência. O que nossa experiência mostra é que a adaptação costuma ocorrer entre uma e duas semanas de convívio.

Aproximação gradativa versus espontânea

Ao procurarmos no Google sobre adaptação entre gatos, encontramos centenas de sites com orientações valiosas. O que expomos abaixo são dicas baseadas em nossa experiência:

• • • Muitos especialistas sugerem fazer aproximação gradativa: por exemplo, colocando o novo animal em um cômodo e deixar o(s) outro(s) pela casa. Em geral, fazemos isso quando se trata de integrar gatos adultos. Nesses casos, a ideia é que eles troquem cheiros: por uma fresta na porta; trocando coleiras (a mesma coleira é usada por um durante o dia e por outro ao longo da noite); trocando caminhas e panos de dormir. Passado um tempo trocando cheiros, pode-se partir para a etapa de deixá-los conviver em sua presença.
  • • Porém, nossa experiência mostra que a maior parte dos casos é bem sucedida com a aproximação instantânea, principalmente em se tratando de filhotes ou de filhote e adulto. O processo é mais rápido que na aproximação gradativa, apesar de poder gerar maior ansiedade nos adotantes.

  Neste último caso, os animais vão tentar estabelecer limites e hierarquias:

  • • • Inicialmente, há sibilos e tapas com vistas a assustar o outro animal – e não para machucar de fato (importante que ambos estejam com as unhas cortadas).
    • • Em um segundo momento, eles tenderão a se aproximar mais, com brincadeiras que parecerão agressivas. Caso essas brincadeiras gerem ansiedade, pode-se separá-los sem falar nada. Aliás, não repreender o gato mais antigo na casa é importante para que ele não associe o novo membro a estímulos aversivos.
    • • Por último, quando o novo animal não for mais “novidade”, as coisas tenderão a se normalizar e você se perguntará o porquê de não ter adotado outro antes.

  Dicas para facilitar o processo de adaptação entre gatos:

  • • • Técnica da baunilha: http://goo.gl/9Wwpiv
    • • Feliway. É um feromônio. Você pode comprar online ou em petshops. Na primeira vez, você compra o difusor e o refil; daí em diante, só precisa do refil. Obs.: para casos de adaptação, compre o difusor e não o spray… o spray seria apenas para situações mais pontuais, tais como viagens (borrifa-se na caixa de transporte, por exemplo).
    • • Compre petiscos, a exemplo de saches, e divida em duas vasilhas; coloque ambas próximas para que eles comam perto e associem a proximidade ao estímulo positivo.

  
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