Achei um gatinho!
O que fazer?
Todos os dias recebemos dezenas de pedidos de ajuda de pessoas que encontraram gatinhos. É humanamente impossível para nós (bem como para outras ONGs) atender todos os pedidos de ajuda.
Se cada um fizer um pouco, salvamos muito mais bichos de situações de risco. Por isso, incentivamos a hashtag #SomosTodosProtetores
A primeira coisa a saber é que não há um espaço para se deixar um animal. Pode-se pensar em abrigos. Porém, diferentemente do que a maior parte das pessoas pensam, não são lugares ideais para deixar um animal: trata-se de locais, via de regra, abarrotados de bichos; muitos não têm espaço para separar os doentes dos não doentes e os mais fracos acabam morrendo; além disso, quase todos os abrigos sofrem de falta de recursos para pagar tantas despesas.
Então, o que fazer?
Nós te encorajamos a fazer a diferença na vida de um animal: qualquer pessoa pode ter a sensação gratificante de salvar um bichinho.
O resgate
É muito importante ter uma caixa de transporte para resgatar o gato.
Por mais que o animal seja aparentemente dócil, ele pode se assustar e isso pode comprometer o resgate. No caso de gatos ariscos ou ferais, você pode ou adquirir uma gatoeira ou emprestar de ONGs, a exemplo do Clube do Gato, que ensinam como utilizá-la.
Cuidados veterinários
Ao resgatar um gatinho, o ideal é leva-lo imediatamente ao veterinário. Porém, caso seja difícil no momento, pode-se isolá-lo num cômodo (pode ser até um banheiro) até que ele possa ser consultado.
Algumas clínicas veterinárias dão descontos para animais resgatados. Informe-se com as ONGs locais. O ideal é que o gatinho passe por uma consulta, na qual o médico veterinário avalie sua condição física e colete exames a fim de verificar seu estado de saúde.
Recomendamos que sejam feitos hemograma e exames de FIV/FELV (a fim de testar o animal para Aids e Leucemia Felina). Se preferir, você mesmo pode vermífugá-lo. No Clube do Gato, usamos bastante o Dontral Gatos. Seguimos o protocolo de administrar três dias consecutivos do vermífugo, conforme instruções da bula e peso do animal.
ATENÇÃO
Não recomendamos vacinar um animal logo após o resgate. Dar a vacina de cara para o gatinho recém resgatado é ruim.
Isso porque a vacina é um vírus (atenuado ou inativado, mas, ainda assim, um vírus) e não é legal injetar esse agente estressor no felino que acabou de sair das ruas – tanto porque ele já está sensibilizado pelas mudanças advindas do resgate, quanto porque é alta a probabilidade de ele já ter algum comprometimento de saúde, ainda que nada aparentemente grave, como fungo, diarreia, desnutrição, anemia, etc.
As vacinas para gatos como a tríplice, quadrupla ou quíntupla NÃO previnem contra zoonoses (doenças transmitidas dos animais aos humanos). Logo, não há motivo para não esperar que passe um tempo após o resgate para, então, o animal ser vacinado. A ideia é: evite inserir de uma vez só vários agentes que estressam o organismo do gatinho. Gatos são animais muito sensíveis.
Quando o animal estiver bem e se ele tiver ao menos 4 meses (em torno de 2kg), ele já pode ser castrado. Fazendo isso, você garante que todo o seu trabalho não tenha sido em vão, pois é muito frustrante saber que um resgatado está tendo crias que não necessariamente terão um lar.
Se o animal resgatado tiver menos de 4 meses, pode-se doá-lo com a castração garantida. Para isso, é imprescindível acompanhá-lo ao menos até ele poder ser castrado. Nessa data, agende você mesmo o procedimento cirúrgico em clínica da sua escolha (ONGs podem indicar locais que dão desconto para a cirurgia, em se tratando de animais resgatados) e, caso ele tenha sido adotado, acorde com o adotante a melhor data para que ele leve o animal.
Lar Temporário
até encontrar um Lar Definitivo
Muitos acreditam que é impossível dar Lar Temporário ou porque acham que não têm estrutura física ou pelo fato de já terem outros animais. Porém, temporariamente, é possível abrigar o animal ou na área de serviço, no lavabo, num banheirinho ou até mesmo dentro do box.
Além disso, se você já tem animais em casa, a ideia é não colocar o resgatado em contato com eles. Como você não pretende ficar com o gatinho, não vale a pena submetê-los ao processo de adaptação, que tende a ser estressante.
Se ainda assim você não puder dar Lar Temporário, consulte sua rede de contatos ou busque hospedagens ou clínicas que cobre preços mais acessíveis para manter o animal enquanto ele não é adotado.
Onde divulgar um animal para adoção?
As redes sociais são ótimas aliadas para encontrar um lar para um animal resgatado. Para divulgá-lo, sugerimos fazer um post público, com descrição sucinta, boas fotos (fazem toda a diferença) e seu e-mail ou telefone para contato nessas páginas do Facebook:
Aqui no nosso site, você encontra o modelo de formulário usado para triar candidatos. Ele também pode servir de norte para entrevistar pessoas interessadas no gatinho.
Algumas dicas
- Doe apenas para apartamentos com tela ou para casas seguras (sem acesso à rua);
- Faça questão de levar o animal ao novo lar, assim você consegue avaliar se se trata de uma casa ideal para o gatinho.
- Caso haja dúvidas quanto a ser o adotante ou o lar ideal para o gatinho, não o deixe. Seja paciente até aparecer outro interessado.